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Definição do grid da F2 2019 na Espanha: 16 pilotos no mesmo segundo

Definição do grid da F2 2019 na Espanha: 16 pilotos no mesmo segundo

Livio Oricchio, de Barcelona

O vencedor da segunda corrida do ano na F2 2019, a de domingo no Circuito de Sakhir, em Barein, o italiano Luca Ghiotto, da equipe UNI-Virtuosi, larga na pole position na primeira prova da terceira etapa da F2 2019, neste sábado, no Circuito da Catalunha, em Barcelona, com o tempo de 1min28s031.

O líder do campeonato, o canadense Nicholas Latifi, da DAMS, foi o segundo mais rápido, a 181 milésimos de Ghiotto. Atestando o bom carro da UNI-Virtuosi para os 4.655 metros da pista catalã, o companheiro de Ghiotto, o chinês Guanyu Zhou, obteve o terceiro tempo, a 218 milésimos, enquanto o holandês Nyck de Vries, da ART, ficou em quarto, 235 milésimos mais lento.

O mineiro Sérgio Sette Câmara, 20 anos, patrocinado pela Youse e parceiro de Latifi na DAMS, não conseguiu uma volta limpa e vai começar a corrida da sétima colocação.

O britânico/coreano Jack Aitken, da Campos, vencedor da prova do sábado em Baku, há duas semanas, e vice-líder do campeonato, sai em quinto, enquanto outro britânico, Callum Illot, da Sauber Júnior, em sexto.

Saiba+: Latifi vence e dispara na liderança da F2.

O treino foi intensamente disputado. O autor do 16º tempo, por exemplo, o britânico Jordan King, da MP Motosport, com a marca de 1min29s023, ficou a 992 milésimos do pole positon. E King vem de um pódio em Baku, terceiro no sábado, para se ter um ideia do nível da competição.

A largada, neste sábado, será às 11h40, horário de Brasília. A corrida tem 37 voltas ou uma hora de duração. Os oito primeiros colocados largam na posição invertida no grid da corrida de domingo. O vencedor passa para o oitavo lugar, o segundo colocado a sétima, e assim por diante. No domingo a largada será às 6h30, horário de Brasília, em 26 voltas ou 45 minutos.

Depois de conquistar um resultado abaixo das suas expectativas nesta sexta-feira em Barcelona, Sérgio Sette Câmara deu o depoimento abaixo exclusivo para a Youse.

GP de Melbourne de F1

Sérgio: “Dava para fazer mais”

Após os treinos livres de hoje e mesmo da pré-temporada da F2 2019, aqui mesmo, imaginava obter um tempo melhor na sessão de classificação. Toda vez que explico algo aqui não gostaria que fosse visto como uma desculpa por não ter feito algo melhor. As minhas justificativas procedem, pode acreditar.

O que não quer dizer que em muitas vezes eu não tenha responsabilidade no ocorrido. Tenho, sim, e trabalho muito para me sair melhor na F2 2019 e em minha carreira.

Na definição do grid, hoje, minha equipe me liberou com pneus novos em uma hora que havia tráfego intenso à frente. Isso fez com que eu não aquecesse os pneus, em especial os dianteiros, como deveria. Quando abri a volta, a menor aderência logo se manifestou. O carro não estava equilibrado como antes, claramente.

Para o segundo jogo de pneus novos, mexemos no acerto. O problema de menor aderência poderia não ser, necessariamente, por causa da temperatura dos pneus. Eu poderia estar interpretando errado aquela reação.

Logo vi que o carro estava melhor. Havia a dificuldade com a temperatura dos pneus dianteiros e a perda de competitividade gerada pela mudança da condição da pista, mais quente.

Abri essa segunda volta lançada com mais confiança. Acredito que no máximo poderia ter sido um décimo de segundo mais rápido, não fosse um pequeno erro na curva 7 e ter perdido algum tempo em uma das trocas de marchas, algo que já havia acontecido antes comigo.

O meu companheiro, o Nicholas, também deixou algum tempo na curva 7, mas mesmo assim conseguiu uma volta três décimos melhor e ficou em segundo.

Não é a melhor colocação para começar a corrida aqui em Barcelona, pista de difícil ultrapassagem, mas é o que tenho.

Simulamos algumas voltas seguidas no treino livre da manhã, com boa gasolina no tanque, como será na corrida, e nosso ritmo, apesar de não excepcional, era bom. Terei de saber administrar muito bem o meu ritmo.

Aqui você não pode seguir o adversário à frente muito de perto, a perda de pressão aerodinâmica destrói rápido seus pneus dianteiros, em especial o esquerdo.

Minha meta é somar pelo menos 20 pontos no fim de semana, que podem vir, por exemplo, de um quarto lugar e um pódio. Mas do que vi nas duas etapas que disputamos este ano, no Barein e no Azerbaijão, acredito que, em condições normais, dá para conseguir coisa melhor. Tomara seja mesmo assim.

Nós nos falamos, agora, sob forma de vídeo, amanhã, depois da corrida. Conto pessoalmente como foi. Abraços.

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