Ficar de olho nos pequenos cuidados que temos com o nosso carro é essencial para que ele funcione direitinho. Por isso, a gente conversou com Sérgio Fabiano, gerente de Serviços Automotivos do Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), pra explicar porque é tão importante saber como ver qual óleo de motor usar.
Pra que serve o óleo de motor?
O óleo de motor é uma composição de óleos básicos obtidos através do processo de refino de petróleo. “Ele tem como função lubrificar os componentes do motor, diminuir o atrito entre as peças, fazer a limpeza, auxiliar na vedação e no resfriamento desses componentes”, explica Sérgio.
Ou seja, estamos falando de um item indispensável para o funcionamento correto do motor do seu carro e para evitar o desgaste excessivo das peças.
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Veja o manual do proprietário
As especificações para saber qual óleo de motor usar no seu carro estão no próprio manual do proprietário. É lá que você vê a quilometragem de troca recomendada pelo fabricante. “Também pode ser sinalizado no painel dos carros mais novos. Geralmente eles indicam a necessidade de manutenção. Você pode ver quando uma chavinha amarela acender”, explica.
Sérgio indica que, na hora da troca, o filtro do óleo também seja substituído. Assim, mantém o sistema todo adequado. Fazer essa troca certinha evita outros custos extras e não planejados.
Além disso, o manual também indica quantos litros devem ser colocados. Alguns veículos possuem uma etiqueta de orientação colada no compartimento do motor. Para verificação do nível, observe a vareta de medição localizada no motor, que deve sempre estar entre o limite ideal indicado.
Mas como que eu vejo o tipo de cada óleo de motor?
Existem três tipos de óleo de motor: o mineral, o sintético e o semi sintético. “A utilização de cada um deles é definida pelo fabricante conforme as especificações do motor, condições de uso, período de troca e outras características necessárias no desenvolvimento dele”, diz Sérgio.
O mineral é obtido da separação de componentes do petróleo no processo de refino. É o mais comum no mercado, possui menor preço e atende as demandas de veículos mais antigos.
O sintético é fabricado através de processos mais modernos de refino e é o tipo mais desenvolvido no mercado. Ele, inclusive, ajuda a economizar combustível e responde melhor em carros mais novos.
O semissintético é a combinação dos últimos dois para resultar em um produto melhor do que o mineral. Seus pontos positivos são o preço intermediário e a boa durabilidade.
E aquelas siglas do óleo de motor? O que elas dizem?
Essa parte é um pouco técnica, mas os óleos lubrificantes são classificados por só duas condições: a viscosidade e o desempenho. A viscosidade é classificada pela SAE (em inglês, Society of Automotive Engineers), instituição responsável por publicar as normas que classificam as viscosidades dos óleos lubrificantes automotivos indicadas por um número. “Quanto maior o número, mais viscoso, mais grosso, é o lubrificante. Tem o 20W50, o 10W40 etc.”, explica Sérgio.
Já o desempenho é classificado pela sigla API (American Petroleum Institute). “Para os motores de combustão interna, tipo etanol, gasolina ou gás natural, os óleos são classificados por API S (exemplos: SJ, SL, SM). Já em motores a diesel, são usados óleos com a sigla API C (exemplos: CH, CI)”, conclui.
E aí? Já sabe tudo sobre qual óleo de motor usar no seu carro? De acordo com Sérgio, caso não possua o manual do proprietário, você pode procurar um mecânico de confiança, que é o profissional com o conhecimento técnico necessário para fornecer a informação.