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Dia Internacional do Livro Infantil: posso te contar uma história?

Dia Internacional do Livro Infantil: posso te contar uma história?

Diz aí, você se lembra do primeiro livro que pegou pra ler? Ou então da primeira história que te contaram? Pode ter sido “Os Três Porquinhos”, ou algum da Ruth Rocha, como “Marcelo, Marmelo, Martelo” (#Saudades). 

Mesmo ainda muito pequenos, quando a gente só quer saber de engatinhar e colocar brinquedos na boca, já somos sensoriais o suficiente pras narrativas terem algum impacto na nossa vida. Até no útero conseguimos começar a conhecer o mundo pelo tom de voz de quem fala com a gente! #BabyPower.

Dia 02 de abril é comemorado o Dia Internacional do Livro Infantil e tem um monte de gente por aí contando histórias exatamente sobre isso: como aproximar o universo narrativo de bebês e crianças pode levar longe o mundo do “era uma vez”.

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Esse jogo de cena que envolve bonecos, um pouco de música e uma narrativa próxima do universo infantil é uma forma mágica de fisgar a criança pro fantástico mundo literário. A geração #YouTuber nasceu vidrada na telinha, mas quando a gente cria estímulos visuais a partir de uma história bacana e junta todo mundo pra um #MomentoFamília, não tem como não dar asas pra imaginação. 🙂

Fome de conhecimento

Foi em sala de aula que Ivani Magalhães, que além de professora é psicóloga e coautora do livro “Saracuteia”, deu start nas suas “brincâncias literárias”, a arte de contar histórias pra tornar o livro parte da vida dos baixinhos de forma lúdica. “As crianças têm o livro como brinquedo, um objeto desejável, e crescem com esse carinho, porque o associam a todas essas experiências de afeto, cumplicidade e diversão que tiveram”, conta.

Prato cheio pra nutrição afetiva, lúdica, linguística e cultural! “Nós não lemos para as crianças, mas com elas. Não é porque não sabem ler que não façam a leitura. Aliás, elas leem muito! São tão perspicazes que pegam pra si detalhes das ilustrações e da história que por um adulto às vezes passam batido.” 

De repente, um simples conta-gotas faz a vez de chuva, e o livro vira objeto cênico e se transforma na boca de um jacaré, ou ganha asas e se torna uma linda borboleta alçando voo. Com uma mãozinha dos elementos teatrais, Heidi Monezzi, atriz por formação, também usa e abusa da musicalidade quando performa narrações pro público infantil em escolas, projetos sociais, festivais ou viagens literárias. O ukulelê, aquele violãozinho havaiano, é o braço direito pra fazer as crianças percorrerem a história através da música! “Pude perceber que o livro é super importante, mas quando você o traz por narração de história, existe a possibilidade de comunicar aquilo que você sente e quer dizer pro mundo”, ela conta.

E nesse tempo em que Heidi tem passado em casa (assim como todos nós), ela teve como personagem de apoio a tecnologia para continuar com suas histórias: o chromakey, que foi usado para apresentar cenários de florestas, castelos e aonde mais a criatividade levasse. A criançada adorou!

Sem crise

E sabe aqueles livros de assuntos mais sensíveis, que às vezes a gente tem medo de abordar com as crianças ou porque não sabemos como, ou porque achamos que elas não vão entender? Besteira! Este tipo de obra vai ajudar os pequenos a se preparar pras eventuais desventuras que cruzarem a jornada do herói. Os livros, aliás, têm um dos superpoderes mais fantásticos pra abrir essa porta. (#FicaDica)

“A literatura, em geral, existe pra que a gente enfrente nossos fantasmas, veja todos os lados da vida, mesmo sem viver concretamente tudo isso”, comenta Ivani. “É uma forma muito boa de construir valores com as crianças. Você traz o tema dentro de um contexto de causa e efeito, não é apenas um ‘precisamos falar sobre isso’.” 

Pega o lencinho e se liga nessa história que a Heidi compartilhou: “Quando finalizei a história do menino Tom [sobre autismo], dois menininhos vieram pra mim e falaram ‘Dá licença, tia. Você contou a minha história. Tenho um irmão que é o Tom. Acho que compreendi o meu irmão. Vou amar mais ele, tia!” 

Tarefa de casa

Pra gente pôr em prática esse “faça-você-mesmo”, é importante anotar no caderninho mental que as crianças precisam ter alguns momentos de encontro com o livro: os que são guiados por um mediador, aquela pessoa que escolhe, oferta, convida. “Vem cá que eu vou ler uma história pra você.” Mas também vale a  escolha autônoma, com livros à disposição da criança pra ela pegar o que der na telha.

“Tem criança que já vem com isso, mas muito da vontade de abrir um livro vem com a ajuda da família. Estimular a criatividade, incentivar a escrever histórias, sentir o cheirinho do papel”, diz Heidi. E ela ainda orienta: “Cria um cantinho da leitura e mostra como é especial esse momento. Esteja com a criança. Se for um espaço de acolhimento, ela vai querer ler um livro com a vovó ou o vovô”.

Então agora é a vez de separar alguns objetos lúdicos, dar um play no som, e conferir essa lista de livros pra lá de legais que a gente fez pra te ajudar nessa oportunidade única de aprender com os pequenos:

“Tom”, André Neves, Editora Projeto

O irmão de Tom sempre o observa intrigado: “Por que ele não brinca? Por que não diz o que sente? Onde guarda todos os seus sonhos?”. Tom, então, convida seu irmão a conhecer o seu segredo, e tudo o que parecia apatia cai por terra. Essa história sobre autismo é acompanhada das belíssimas ilustrações do próprio autor.

“A Bailarina Gorda”, Jarid Arraes

A escritora cearense, por meio desse cordel infantil, apresenta a história de Aninha, uma garotinha gorda que sonhava em ser bailarina e encontra dificuldade em ser aceita pelas escolas de dança. Tudo muda quando ela encontra uma professora e resolve apostar no seu potencial. Uma aula sobre como aceitar diversos tipos de corpos.

“Ernesto”, Blandina Franco e José Carlos Lollo, Cia. das Letrinhas

O Ernesto é vítima de um verdadeiro “disse-que-me-disse”. Tem quem diga que não é muito simpático, e quem fale que se veste mal. No meio desses boatos todos, Ernesto acaba ficando sozinho. Vamos falar sobre bullying?

“Histórias curativas para comportamentos desafiadores”, Susan Perrow, Antroposófica

“Para todas as crianças… de todos os lugares.” Além de contos propriamente ditos, o livro é como um guia sobre diversos tipos de histórias – desde contos, rimas, mentirinhas, metáforas até finais felizes – e como aplicá-las com crianças de diversas idades.

“Amoras”, Emicida, Cia. das Letrinhas

É a partir da música “Amoras” que o rapper brasileiro cria seu primeiro livro infantil e mostra, com ajuda das ilustrações de Aldo Fabrini, como não dar voz para o racismo, e como é fundamental enxergar sua posição no mundo, sempre tendo orgulho de quem a gente é.

“Pinguim”, Polly Dunbar, WMF Martins Fontes

Quando Ben ganha um pinguim de presente, tenta ensaiar uma conversa com o novo amigo, que mesmo diante de todas as estripulias do garoto, não parece reagir. Porém, quando um dia aparece um leão e abocanha o Ben, Pinguim toma uma atitude que dá uma lição sobre amizade.

“Elmer, o elefante xadrez”, David McKee, WMF Martins Fontes

Em meio a uma manada de elefantes, cada um de um jeito, mas todos da mesma cor, estava Elmer. Elmer fazia todos rirem, mas era colorido, xadrez, não era cor-de-elefante. Uma história sobre tolerância e respeito ao próximo.

E você sabia que aqui na Youse temos uma assistência toda dedicada ao Cuidado com as crianças? Este é um serviço do Seguro de Vida, que você pode contratar 100% digital, sem precisar sair de casa. Tudo na palma da sua mão. Praticidade que chama, né? 😉

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